sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Tudo tem o seu tempo determinado - Introdução

Texto Bíblico - Eclesiastes 3:1-8


1 Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu.

2 Há tempo de nascer, e tempo de morrer; tempo de plantar, e tempo de arrancar o que se plantou;

3 Tempo de matar, e tempo de curar; tempo de derrubar, e tempo de edificar;

4 Tempo de chorar, e tempo de rir; tempo de prantear, e tempo de dançar;

5 Tempo de espalhar pedras, e tempo de ajuntar pedras; tempo de abraçar, e tempo de afastar-se de abraçar;

6 Tempo de buscar, e tempo de perder; tempo de guardar, e tempo de lançar fora;

7 Tempo de rasgar, e tempo de coser; tempo de estar calado, e tempo de falar;

8 Tempo de amar, e tempo de odiar; tempo de guerra, e tempo de paz.

A Paz e a Graça de Deus seja com todos nós!

Com um texto introdutório, gostaria de iniciar um estudo sobre esta passagem bíblica que fala sobre a vida humana e seus acontecimentos cotidianos. Eclesiastes foi um livro escrito pelo sábio Salomão. E se pudéssemos colocar este escritor bíblico em uma dessas muitas situações citadas nesta passagem, colocá-lo-íamos como aquele Rei que edificou a Casa do Senhor em Israel: "Sucedeu, pois, que, acabando Salomão de edificar a casa do SENHOR, e a casa do rei, e todo o desejo de Salomão, que lhe veio à vontade fazer" (I Reis 9:1).

É interessante falar sobre o tempo. Deus, que é eterno, criou o tempo e estabeleceu os seus limites desde o início da Sua Criação. Temos, em Gênesis 1:14, a seguinte narrativa: "E disse Deus: Haja luminares na expansão dos céus, para haver separação entre o dia e a noite; e sejam eles para sinais e para tempos determinados e para dias e anos". Nós estamos sob este contexto temporal e limitado. O nosso Criador nos possibilita viver a vida com todas as suas possíveis circunstâncias, muitas vezes antagônicas como  o "amar" e o "odiar" ou o "chorar" e o "rir". É entre altos e baixos que a nossa aventura aqui na Terra vai se desenvolvendo e "tudo tem o seu tempo determinado" e tudo se desenrola sob à soberania de Deus.

Desde o dia em que nascemos até o dia de nossa morte presenciamos esta "montanha russa" de bons e maus acontecimentos. De repente, algo que parecia ser para nós um mal, poderá de transformar em bem. Deus pode fazer isso acontecer! Toda a escravidão e o sofrimento por que passou José no Egito resultou em livramento futuro à sua família e ao povo judeu: "Vós bem intentastes mal contra mim; porém Deus o intentou para bem, para fazer como se vê neste dia, para conservar muita gente com vida"(Gênesis 50:20).

Colhemos o que plantamos material e espiritualmente e e assim vamos vivendo indiferentes ou não. Presenciamos a derrubada de pequenas residências, e prédios cada vez maiores vão sendo edificados no lugar. Desenvolvimento? Ganância? Presenciamos a deterioração da vida humana com pestes, guerras e fome até culminar com uma grande mortandade. Morte certa e vida incerta? "Nenhum homem há que tenha domínio sobre o espírito, para o reter; nem tampouco tem ele poder sobre o dia da morte; como também não há licença nesta peleja; nem tampouco a impiedade livrará aos ímpios"(Eclesiastes 8:8).

Apesar de estarmos num mundo doente em muitos aspectos, nós portamos a mensagem de cura através do Evangelho do Senhor Jesus: "O espírito do Senhor DEUS está sobre mim; porque o SENHOR me ungiu, para pregar boas novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos"(Isaías 61:1). A ciência, que por sua vez, está se multiplicando(Dn 12:4), poderá cumprir a sua missão, em parte salvando vidas com tratamentos e medicações, em parte, criando armamentos sofisticados para ceifar(matar) a existência de muitos. 

Se ainda há tempo da Graça de Deus atuar e de curar, há esperança.

Em Atos 17:28a, o apóstolo Paulo discorre acerca do agir de Deus: "Porque nele vivemos, e nos movemos, e existimos". Assim, nos nossos altos e baixos, com acertos e desacertos, podemos contar com o poder mantenedor de Deus. Ninguém poderá se alienar disso, seja crédulo ou incrédulo. Se há algum propósito debaixo do céu, Deus o sabe. Ele nos vigia, nos movimenta e nos dá um sentido à vida.

Juntamos coisas, espalhamos outras....Abraçamos pessoas ou causas....Depois, nos frustramos e deixamos de abraçar, de sonhar e de persistir. Todo mundo reclama da falta do amor no mundo atual. Isto seria um sinal dos tempos vindouros? Jesus nos advertiu sobre isso: "e, por se multiplicar a iniquidade, o amor de muitos esfriará"(Mateus 24:12). Em que esse amor é baseado? Em Deus e no próximo, ou no amor a si mesmo? Nas riquezas ou no amor ao dinheiro? A resposta está dada aqui: "Sabe, porém, isto: que nos últimos dias sobrevirão tempos trabalhosos.Porque haverá homens amantes de si mesmos, avarentos, presunçosos, soberbos, blasfemos, desobedientes a pais e mães, ingratos, profanos,"(2 Timóteo 3:1,2 - sublinhado meu).

Enquanto reclamamos do terrorismo no mundo real, o ódio encontra "terreno fértil" no coração humano através de pequenas brigas, fofocas e da esculhambação da vida alheia no "mundo virtual". 

Assim vamos nós rumo ao futuro ou ao final dos tempos.


O EXEMPLO DE JESUS PARA NÓS

Dentro do coração, fazemos muitos planos para o porvir e projetamos sonhos e também preocupações. Jesus nos ensina a não nos preocuparmos em demasia com o dia de amanhã: "Não vos inquieteis, pois, pelo dia de amanhã, porque o dia de amanhã cuidará de si mesmo. Basta a cada dia o seu mal"(Mateus 6:34). Devemos viver o hoje com gratidão e reconhecer que a provisão divina poderá vir no amanhã. 

Jesus viveu sob a limitação temporal num corpo humano, apesar de que nele "habita corporalmente toda a plenitude da divindade"(Colossenses 2:9). Ele nasceu num lugar humilde e morreu numa rude cruz. Ele se alegrou no Espírito Santo quando os 70 discípulos retornaram triunfantes de sua missão e chorou quando Lázaro havia morrido(João 11:35). Ele nos ensinou a buscar primeiro o reino de Deus e a sua justiça(Mateus 6:33) e que "e quem perder a sua vida por amor de mim, achá-la-á"(Mateus 16:25).

Sob à custódia do Sumo Sacerdote no Sinédrio, Jesus calou-se diante dos seus acusadores, mas falou quando julgou necessário ao confirmar a Sua divina filiação (Mateus 14:61,62). Ele nos amou e nos ensinou a amar a Deus e ao próximo e de que isso depende toda a lei e os profetas (Mateus 22:37-40). O amar os nossos inimigos e aos que nos odeiam também foi ensinado por Ele (Lucas 6:27). Por pertencermos a Ele, somos odiados pelo mundo (Jo 15:18,19).

Enquanto presenciamos no mundo uma grande instabilidade política, a derrubada de muitas nações, de leis e de conceitos antigos, também percebemos na humanidade a falta de alicerces morais firmes e a incerteza de uma vida futura. 

Em Jesus Cristo, a nossa Rocha, podemos edificar a nossa casa e a nossa fé, pois Ele é imutável e inabalável (Mateus 7:24,25). Jesus Cristo é o nosso fundamento firme e insubstituível: "Porque ninguém pode pôr outro fundamento além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo"(1 Coríntios 3:11). Nele temos a promessa de vida eterna: "Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna"(João 3:16).

Sigamos com a vontade de Deus em nossos corações, e assim, teremos um excelente propósito para a nossas vidas. Amém.

2 comentários:

  1. A Paz do Senhor Jesus!

    Gostei muito da postagem , que o Pai Eterno continue a lhe iluminar e revelar a Sua Palavra!

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  2. A Paz do Senhor Jesus seja sobre a sua vida, Pastor Ronaldo!

    Fico agradecido pela sua visita aqui no blog.

    Um abraço.

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