SE O GRÃO DE TRIGO NÃO MORRER...

Texto Bíblico: João 12.24 

"Na verdade, na verdade vos digo que, se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer, dá muito fruto". 

Amados do Pai, a Paz e a Graça de Nosso Senhor Jesus Cristo estejam com vocês!

Gostaria de falar de um assunto que não é nada agradável: a morte. Evitamos discursar sobre este assunto sempre quando podemos, pois gera pesar e tristeza ao coração humano. Para nós, a morte de uma pessoa amada parece não fazer sentido algum, pois ficamos sem ação diante dela e sem respostas. Aliás, a morte é uma separação definitiva do corpo material e aponta para o fim de uma existência. 

Parece que o assunto morte sempre "cheira" mal, e indica algo negativo e impossível de ser vencido. No sentido do Evangelho de Jesus não é assim que acontece. No versículo acima, o Senhor Jesus usou o exemplo do grão de trigo para falar da Sua morte. Ora, o grão em si, parece não produzir efeito algum se não cair em uma terra e for germinado. O grão se desfaz(morre) e dá origem a uma nova vida. Daí cresce, e produz espigas, vira farinha e alimenta a muitos. 

Jesus é o pão da vida que alimenta a nossa existência: "Eu sou o pão da vida; aquele que vem a mim não terá fome, e quem crê em mim nunca terá sede." (João 6:35)

A aparência do grão de trigo é insignificante. Ele cai e some na terra, e depois, lentamente vai se transformando em um vegetal quando germinado. Amados, nesta ilustração podemos nos lembrar do Senhor Jesus, Aquele sem parecer e formosura, que teve morte por crucificação, foi sepultado e ao terceiro dia ressuscitou pelo poder do Espírito Santo! Ainda seguindo a ideia do grão de trigo, temos uma passagem que cabe aqui: 

"Insensato! o que tu semeias não é vivificado, se primeiro não morrer. E, quando semeias, não semeias o corpo que há de nascer, mas o simples grão, como de trigo, ou de outra qualquer semente"(1 Coríntios 15:36-37).

E seguindo o pensamento sobre vivificação: "E, se o Espírito daquele que dentre os mortos ressuscitou a Jesus habita em vós, aquele que dentre os mortos ressuscitou a Cristo também vivificará os vossos corpos mortais, pelo seu Espírito que em vós habita" (Romanos 8:11). A morte de Jesus significa muitas coisas para nós: redenção, perdão, justificação etc. A morte não foi o fim para Ele e não o será para nós que cremos nele. Quando pregamos o evangelho, o que nos vem à mente é a obra do Senhor consumada na cruz através da Sua morte. 

Pela Sua morte, Jesus nos ligou diretamente ao Pai e bradou assim: 

- ESTÁ CONSUMADO!(João 19:30)

Não é a morte, ou coisa alguma que vai nos separar do amor de Deus:

"Porque estou certo de que, nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir. Nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor" (Romanos 8:38,39).

Não dá para pregar sobre o Evangelho da graça de Deus sem deixar de falar na morte do Cordeiro de Deus! Não dá para pregar sobre ressurreição de Cristo, sem antes mostrar que Ele provou a morte por nós!!! Quando o apóstolo Paulo discursava sobre a primazia (excelência, grande qualidade) de Cristo na carta aos Colossenses, não deixou de citar a importância de Sua morte:

"A vós também, que noutro tempo éreis estranhos, e inimigos no entendimento pelas vossas obras más, agora contudo vos reconciliou no corpo da sua carne, pela morte, para perante ele vos apresentar santos, e irrepreensíveis, e inculpáveis"(Colossenses 1:21-22).

Como estes versículos da Palavra de Deus nos confortam! Ao sabermos que a morte expiatória de Jesus para nós é sinal de paz, segurança, esperança e consolo. Portanto, amados do Pai, a morte não é um motivo de desesperança para nós. Devemos crer na simples e maravilhosa promessa do nosso Salvador:

"Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá; E todo aquele que vive, e crê em mim, nunca morrerá. Crês tu isto?" (João 11:25-26).

E se tudo o que foi escrito aqui ainda não trouxe a você alento. No livro de Hebreus, Jesus Cristo é apontado como o Eterno e Sumo Sacerdote, que em tudo foi tentado na Sua humanidade para nos apresentar perfeitos diante de Deus. Ele sentiu de perto todas as limitações e medos de um ser humano. 

Portanto, amados de Deus, não somos nós mais sujeitos ao medo de morrer, pois o Senhor nos livrou de mais esta servidão:

"E, visto como os filhos participam da carne e do sangue, também ele participou das mesmas coisas, para que pela morte aniquilasse o que tinha o império da morte, isto é, o diabo; E livrasse todos os que, com medo da morte, estavam por toda a vida sujeitos à servidão." (Hebreus 2:14-15)

Bendito seja o Cordeiro de Deus que provou a morte por nós. Amém!