A COMIDA DE JESUS

Texto Bíblico - João 4:31-34

E entretanto os seus discípulos lhe rogaram, dizendo: Rabi, come.

Ele, porém, lhes disse: Uma comida tenho para comer, que vós não conheceis.

Então os discípulos diziam uns aos outros: Trouxe-lhe, porventura, alguém algo de comer?

Jesus disse-lhes: A minha comida é fazer a vontade daquele que me enviou, e realizar a sua obra.

Que seja feita a vontade do nosso Pai celestial!

Fazer a vontade do Pai é o que mais O satisfazia e era melhor e mais apetitoso do que um grande banquete! A alma de Jesus se deleitava em cumprir a vontade do Altíssimo e para Ele nada era mais precioso do que fazer a obra de Deus. 

Para o Senhor, fazer a vontade do Pai e realizar a Sua obra era o que alimentava a sua alma verdadeiramente. Com o Seu exemplo de desprendimento, Ele ensinou verdades espirituais usando as coisas materiais mais simples como o alimento diário.

Esta comida de Jesus tinha um sabor revigorante e Seu trabalho teve o peso da eternidade, salvando as almas dos homens e fazendo-as se aproximar de Deus. O trabalho de Jesus era pregar o Evangelho do Reino, onde a alegria maior é ver um pecador arrependido!

Ele sempre se submetia à vontade soberana do Pai seguindo o plano que fora estabelecido para Ele, mesmo que isso ocasionasse a Sua morte: "E, achado na forma de homem, humilhou-se a si mesmo, sendo obediente até à morte, e morte de cruz"(Filipenses 2:8).

Usando este exemplo de Jesus e comparando com os dias atuais, onde fazer a obra de Deus para muitos só é algo deleitoso se obtiverem um grande lucro ou um prestígio pessoal. Não há mais prazer e desapego material em fazer discípulos para o Mestre. Tudo o que é feito carrega sempre um teor material, com estatísticas, gráficos e metas para serem cumpridas, como numa empresa de grande porte. Não se vê mais as almas das pessoas como alvos da misericórdia de Deus.

Todos nós deveríamos comer mais dessa comida invisível e saborosa da qual Jesus se alimentava. Precisamos aprender mais com o Mestre a fazer a obra com o coração no intuito de agradar o Pai celestial. Devemos fazer isso sem nos preocupar com as metas a serem alcançadas, pois é sempre o Senhor que acrescenta aqueles que vão ser salvos (Atos 2:47). 

Fazer a vontade do Pai celestial também deve ser a nossa comida de cada dia, assim como o pão nosso que nos é dado de maneira abençoada. Procurar agradar a Deus como nossas palavras, atitudes e pensamentos deveria nos trazer motivação e não o peso da da obrigação religiosa. "Deleita-te também no Senhor, e te concederá os desejos do teu coração. Entrega o teu caminho ao Senhor; confia nele, e ele o fará" (Salmos 37:4,5). Obedecer a Deus é melhor do que fazer sacrifícios improdutivos (I Samuel 15:22).

Devemos sim é nos preocupar em fazer a vontade de Deus e ajudarmos a cuidar das ovelhas do rebanho do Senhor, tratando as pessoas com mais  amor, atenção e carinho e não abandoná-las no meio dos lobos. Dedicação e gratidão devem tomar o lugar da reclamação e da murmuração!

Realizar a obra do Pai é uma questão de honra para nós, assim como fomos incumbidos por Jesus a fazer discípulos pregando e ensinando o Seu Evangelho: 

"Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos. Amém" (Mateus 28:19,20).