terça-feira, 29 de novembro de 2016

JESUS ANDA SOBRE AS ÁGUAS


Texto Bíblico - Mateus 14:24-27


24 E o barco estava já no meio do mar, açoitado pelas ondas; porque o vento era contrário;

25 Mas, à quarta vigília da noite, dirigiu-se Jesus para eles, andando por cima do mar.

26 E os discípulos, vendo-o andando sobre o mar, assustaram-se, dizendo: É um fantasma. E gritaram com medo.

27 Jesus, porém, lhes falou logo, dizendo: Tende bom ânimo, sou eu, não temais.




A graça e a paz do Senhor Jesus sejam sempre com todos nós!

Esta passagem de Jesus andando sobre as águas do Mar da Galileia tem sido motivo de fé para muitos, de incredulidade para outros, sem contar os escárnios vindo de outros mais. Já para outros, que se baseiam inteiramente comprovações científicos, este fato poderia ter realmente acontecido sob circunstâncias especiais:

"Atualmente, o mar da Galileia é conhecido pelos israelenses como lago Kinneret. Foi constatado um período de temperaturas mais baixas na região entre 1.500 e 2.600 anos atrás – época que inclui a que Jesus viveu. Essa diminuição de temperatura (que chegava abaixo de zero) pode ter formado uma camada de gelo, espessa o suficiente para suportar o peso de uma pessoa adulta"(Do site Fatos Desconhecidos - Http://www.fatosdesconhecidos.com.br/jesus-realmente-andou-sobre-as-aguas/). 


ANALISANDO O CONTEXTO

Se analisarmos o contexto próximo a esta passagem bíblica, no versículo 22 temos a seguinte descrição: "E logo ordenou Jesus que os seus discípulos entrassem no barco, e fossem adiante para o outro lado, enquanto despedia a multidão". Fica a pergunta: Como Jesus daria uma ordem aos discípulos irem ao outro lado do mar, se as águas tivessem congeladas? 

O evangelista Mateus relata no versículo 24 que o barco já estava no meio do mar e estava sendo castigado pelas ondas. 

Se a água tivesse congelada, a embarcação teria dificuldade de alcançar grandes distâncias sem um quebra gelo! Portanto, é descartada a possibilidade de haver gelo, ainda que fossem grandes placas deslocadas pelas águas.

Um homem normal não faria tal proeza de andar sobre o mar(ainda mais com ventos fortes). Natural seria alguém afundar numa inconsistente plataforma de água. Pedro tentou fazê-lo pela fé no Senhor e começou a afundar, e isto foi mais pelo medo dos ventos fortes (Mateus 14:29,30). Jesus havia superado não só o afundamento na água, mas a força dos ventos contrários.

Tudo indica um fator de impossibilidade física e que contraria as leis da natureza. Seria comum, então, um corpo humano afundar primeiro e depois voltar e boiar sobre as águas, ficando quase que na posição horizontal (deitado). 

LEI DO EMPUXO

A lei do empuxo de Arquimedes (inventor, físico e matemático italiano) diz assim: “Todo corpo mergulhado num líquido recebe por parte do líquido a ação do empuxo, que é uma força dirigida verticalmente de baixo pra cima. A intensidade do empuxo é igual ao peso do volume do líquido deslocado”.

O empuxo é uma força que surge quando um corpo é colocado em um líquido qualquer. Este corpo ao ser depositado sobre o líquido e abandonado sofre a ação da força peso que o puxa na vertical para baixo e como reação ao peso surge o empuxo na vertical para cima, esquematicamente, tem-se:


E=EMPUXO / P=PESO
(Texto e ilustração: Blog Dax Resolve)

No caso de Jesus, com os seus pés, caminhou sobrenaturalmente sobre as águas tempestuosas e não afundou. Os seus discípulos se assustaram vendo alguém andando sobre o mar e gritaram(v.26), pois pensaram em ter visto um fantasma. Na visão dos discípulos era alguém sobrenatural(fantasma) que estava ali, mas não reconheciam o seu Mestre, pois não sabiam de tudo aquilo que Ele era capaz de fazer. 

Devemos levar em conta 5 fatores que impediam os discípulos de reconhecer Jesus:

1) Falta de visibilidade. Era a quarta vigília da noite (entre 3h e 6h da manhã).
2) Ventos fortes: um cenário intimidador.
3) Ondas do mar agitando o barco.
4) Medo: a estranha aparição de Jesus sobre as águas.
5) Superstição: ainda acreditavam em fantasmas.

Era necessário o choque de uma noite envolta em tempestade para Jesus mostrar aos seus discípulos que Ele não era só mais um bom Mestre em Israel. Após salvar Pedro do afogamento, Ele fez mais um milagre: acalmou a tempestade! Tudo isso havia sido feito para a glória de Deus, com um propósito certo, e não foi um mero exibicionismo de poder da parte do Senhor.

É por isso que as Escrituras nos ensinam que: "Tudo tem o seu tempo determinado, e há tempo para todo o propósito debaixo do céu" (Eclesiastes 3:1). Devemos entender que nosso Deus é Eterno e sobrepuja(excede, supera, vence, sobressai) os limites do tempo, mas Jesus se sujeitou ao tempo do homem natural.

Jesus havia sido reconhecido como o Filho de Deus e ainda recebeu adoração por parte dos seus discípulos. "Então aproximaram-se os que estavam no barco, e adoraram-no, dizendo: És verdadeiramente o Filho de Deus" (Mateus 14:33). 

Acalmar uma tempestade é algo que só Deus pode fazer e é concernente ao Seu poder sobre a Sua criação. É interessante a semelhança dos fatos ocorridos nesta passagem do Evangelho de Mateus com estes versículos do Salmo 107:

"Pois ele manda, e se levanta o vento tempestuoso que eleva as suas ondas. Então clamam ao Senhor na sua angústia; e ele os livra das suas dificuldades. Faz cessar a tormenta, e acalmam-se as suas ondas. Então se alegram, porque se aquietaram; assim os leva ao seu porto desejado"(Salmos 107:25,28-30).

Podemos aprender com este evento sobrenatural, que Deus opera para nos mostrar a Sua grandeza no meio das dificuldades tempestuosas da nossa vida. Podemos perder nosso foco e nos confundir como os discípulos fizeram. Podemos confundir o nosso Senhor e Salvador com um mero fantasma ou uma aparição? Podemos ficar com medo das circunstâncias adversas e nos desesperar.

Para tudo isso Jesus nos dirige estas palavras: "Tende bom ânimo, sou eu, não temais".

O milagre descrito na Bíblia é para mostrar que no homem Jesus "...habita corporalmente toda a plenitude da divindade"(Colossenses 2:9). No corpo humano do Senhor, havia a plena habitação da divindade! Ele poderia facilmente vencer todas as leis naturais. 

Este acontecimento não é para ser compreendido pela limitada razão humana ou pelas probabilidades científicas. Está muito além do entendimento humano, mas pode ou deve ser aceito pela fé em Deus. Foi assim que os milagres de Jesus e os seus feitos foram escritos para a nossa crença ser baseada e alicerçada na fé:

"Jesus, pois, operou também em presença de seus discípulos muitos outros sinais, que não estão escritos neste livro. Estes, porém, foram escritos para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que, crendo, tenhais vida em seu nome"(João 20:30,31).

O milagre de Jesus ter andado sobre o mar foi algo escrito para que tenhamos cada vez mais fé naquilo que é impossível e improvável de acontecer: "Porque para Deus nada é impossível (Lucas 1:37).

Termino este texto com as palavras de Jó, aquele que aprendeu a conhecer Deus de fato, não só de ouvir falar e reconhecia que Ele tudo pode e nenhum dos Seus propósitos poder ser impedido:

 "O que sozinho estende os céus, e anda sobre os altos do mar"(Jó 9:8).

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